Por Edson Vidigal
O imenso vazio do escuro, que nos faz imaginar muriçocas em nossos ouvidos, saltos gelados de jias em nossas pernas, e um infinito "infinito" de sonhos e possibilidades.
O imenso vazio do escuro, que nos faz imaginar muriçocas em nossos ouvidos, saltos gelados de jias em nossas pernas, e um infinito "infinito" de sonhos e possibilidades.
Dura escolha entre picadas silenciosas
em meio ao sono ou zumbidos intermináveis que não nos deixam dormir.
Dura sensação de não se ter escolhas.
Meu reino por uma redoma, digna do
Volpone, em ambiente estéril milimetricamente controlado, livre de
micro-organismos, cheiros e gostos. Um mundo insosso sem picadas e sem
zumbidos. Sem jias nas pernas.
Um mundo sem o “muriçôco-mor” e seu café
filosófico às duas da matina.
O imenso vazio de um mundo sem sal, sem
picadas e sem zumbidos.
O imenso vazio do sono que vem e que não
consegue sonhar.
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