quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

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Por Edson Vidigal

E lá estava ele.

Sua esposa a lhe olhar os sapatos.

Seu espírito a lhe sugar o chão.

Coisas que acontecem.

Momentos que se esvaem em completa morte de tudo o que segue. Um pós-modernismo subjacente às estruturas humanas, onde instantes plenos rompem todo o encadeamento da estória.

Mas não se podia evitar que tais singularidades ocorressem, assim como não se podia evitar que a continuidade crescesse, sedimentasse trocas e fluídos.

A oportunidade é a mãe da necessidade. E o necessário não é preciso, como sei que me confirmaria o Vaz.

Nessa vida tudo é troca, tudo é fluído. Um cansativo repetir de singularidades que se sobrepõe aleatoriamente em fotos e mais fotos na linha da vida de uma rede social.

Como aquela no facebook, onde um olhar e uma palavra lhe diziam muito mais do que queria ouvir.

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