Por Edson Vidigal
Então um louco doce se vestiu de salgado e logo se viu perseguido por uma cerveja. Tomou-lhe a boca da garrafa e, de um só gole, deixou a pobre terrivelmente apaixonada por seu gostinho inesperado.
Então um louco doce se vestiu de salgado e logo se viu perseguido por uma cerveja. Tomou-lhe a boca da garrafa e, de um só gole, deixou a pobre terrivelmente apaixonada por seu gostinho inesperado.
Não
fazendo mesmo nenhum esforço pra se controlar, a loura (não mais gelada, mas sim
embaçada e suada) fermentou, borbulhou e explodiu em espuma, toda derramada em
cima daquele pano branco amarrotado, puído pelo tempo, já manchado de outros
temperos e molhos.
O
pobre pano, desavisado, seguia incólume a sua triste sina. Escondia em vão (ou
realçava) aquelas pernas finas (já tão roçadas por tantas outras), que diariamente
eram fecundadas de idéias, de amores, de paixões, de desilusões e de infinitas outras
estórias.
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